Mês: novembro 2012

Sala da Esperança – I

sala escura

 

Sala da Esperança

 

13 De Janeiro, 23 horas.

 

Mais uma noite sem sono. Sem sono, sem sono, sem sono… Sem sono!

 

Seu coração estava tão aflito, que não parava de cantar uma música melancólica. O grunhir incomodava qualquer ouvido, principalmente seu espírito, que se sentia arrebatado por tamanha cifra. Sua vida tinha fugido do controle, foi casado, hoje arrasado. Reside sozinho, sem animais, sem emprego, sem vontades… Falta vida!

Essa sensação habitava em seu peito, exatamente há uns dois anos. 24 Mês havia-se passado. Não sorria, continha uma nostalgia de que um dia viveu… Perdeu-se só. Assim ficou. Quer encontrar sua alma! Pergunta se é o único que perdeu uma alma. Quem já perdeu sua alma? Dias vêm… Dias vão…! Recusa lembrar seu nome. Um nome, palavras desorientadas e controladas por algo maior. Uma identificação. O sentimento, algo de mais valor, foi arruinado.

 

14 De janeiro, 9 horas.

 

Na alvorada daquele dia, seus olhos inchados e resistentes por fechar, se olhavam no espelho, acabava vendo e sentindo as mesmas coisas: Um rosto sem face, um coração sem sentimento, um choro sem lágrimas. Era ele! Mas quem era ele? Você? Eu? O ressurgimento de um cérebro primitivo e de instintos modernos. O telefone tocou.

Seus pensamentos voavam…

— Será que devo atender ao telefone? Quem seria está hora?

O vazio de sua mente era eminente, não houve resposta alguma. Fez o que devia fazer, foi ver quem era.

Desceu as escadas lentamente, o telefone, persistia. Chegando ao local onde ficava o aparelho, olhou para o mesmo, o som emitido era péssimo. Quando tocou mais uma vez, pegou.

— Quem é? Rispidamente.

Do outro lado da linha, uma voz rouquidão consentiu.

— Sou eu.

Não mudando sua expressão.

— O que quer?

— Peguei o endereço daquele cara, lembra?

A conversa era familiar, só existia um problema. Lembranças não faziam parte dele agora.

— Não. Quer dizer, talvez… Droga. Sei lá! De quem está falando?

Mantendo uma voz estável e regular, mostrando afinidade.

— Caramba! Sabe minha irmã? — Sei. — Ela teve problemas no casamento, no emprego, no convívio social, beirava depressão. Tomou remédios e foi a inúmeros médicos. Ninguém a curava. Até que, encontrou um homem.

Concordando com a cabeça, alimentando suas lembranças, se recordou um pouco.

— Hum… Lembrei, e daí?

Eufórico com a notícia que daria em seguida.

— Peguei o endereço com ela. Seria bom, você ir. Minha irmã, só elogiou o homem, disse também, que hoje ela é feliz, tudo por causa dele.

Não aguentando mais aquela conversa, pede para passar o endereço.

— Onde fica?

— É próximo da sua casa, na Vila Sidim, número 143.

Cansado ele agradece, pede licença, precisava desligar. Seu ânimo era algo tão baixo, que preferia o silêncio do seu banheiro e sua imagem.

 

14 De Janeiro, 16 horas.

 

Horas depois, jazia em seu sofá. Comia chocolate, e apreciava suas paredes, tão lineares, tão presas ao chão. Elas eram grandes. Voltou a refletir em sua existência. O que é viver? Sentia falta de algo. Sua esposa? Sua família? Dos amigos? Dele mesmo! Tinha trinta e quatro anos, fios de cabelos brancos, unhas comidas, roupas rasgadas, fotos pela casa, e vários buracos. A principal era a cova de seu amor. Ela foi enterrada. Ela morreu de câncer. Ele jogou terra no caixão da sua amada. Ele demasiadamente chorou… Apenas chora desde então.

— Vila Sidim? Gritou sua cabeça!

— Eu vou lá!

Não se arrumou, foi do jeito que estava, colocou um sapato preto. Olhou-se no espelho antes. Disse, oi! Não houve resposta. Resolveu ir. Foi.

O caminho era rápido, levou alguns minutos. Tinha transporte público perto da casa dele. Desceu em frente. Notou uma placa em frente do estabelecimento. Dizia: NEFELIBATA.

 

14 De Janeiro, 17 horas.

 

Uma temperatura normal. O único anormal seria nosso homem?

Entrou…

Ficou estupefato, uma loja estranha, vitrines vazias, um balcão, atrás dele um senhor, aparentemente deveria ter cinquenta anos. Foi na direção dele.

— Boa tarde! Não sei se está fechando, um amigo deu o seu endereço… Sua voz pausa um pouco. — Devo estar enganado, vou embora!

Virou – se de costas e foi para a saída.

— Espere! Pontuou o senhor.

— Meu nome é Maia. Estende sua mão encima do balcão.

Assustado com a reação do senhor. Reaproxima-se.

— Prazer! Não retribui o gesto.

— O que deseja?

— Não sei. Incomodado com tudo que acontecia, ele começou há suar um pouco.

— O que o senhor vende? Uma irmã de um amigo veio aqui com depressão, e confirmou uma melhora do seu estado mental.

Sorrindo e ainda com a mão estendida.

— Muitas pessoas me procuram. Não vou-me lembrar dela. E nem quero! Está moça que postula, voltou a ter.

— A ter o quê? Indagou.

— Um ser! Enfático.

— Nesta loja chamada NEFELIBATA. Trago as pessoas a viver novamente.

— Como? Por quanto? O que vende aqui? Está tudo vazio?

Com um ar de alegria.

— Olha, neste lugar, realmente não tem nada para vender, não trabalho desta maneira.

Nosso homem muito confuso.

— O que faz?

— Nada.

— Como? Sem entender.

Maia tirou as mãos do balcão, colocou palma da mão esquerda com a direita, fechou os dedos, se aproximando da boca.

— Atrás de mim, existe uma sala, que eu classifico como uma extensão do NEFELIBATA. Eu a batizei de Lívia Esperança.

Assustado com o nome do ambiente, pois, sua falecida esposa se chamava Lívia.

— Por que ela tem este nome? O que acontece nela?

— Ela é o que deve ser. Entre nela e descobrirá! Só tem duas regras.

— Qual?

— Primeiro… Não há regras. Segundo… Fique o tempo de sua dor.

Surpreso com as coisas ditas.

— Estou há dois anos. Quer dizer, ficarei este tempo na sala?

Sorrindo o seu Maia explica:

— Pega o período em anos, e transforma em minutos. Fique durante vinte e quatro minutos.

Consentindo um entendimento, o homem afirma que quer entrar. O senhor Maia pondera que, ira dar uma chave, a que abre a porta, depois, não tem mais responsabilidade, inclusive, vai fechar o ambiente, devido ao horário de fechamento.

Ele pega a chave, e vai à direção da porta. Ela realmente estava fechada. Olha para trás, o senhor Maia, retribui com um sorriso. O coração dele acelera. O som, já não é melancólico como antes. Bate um pouco mais rápido. Enfia a chave na fechadura, gira uma, duas vezes, até perceber que destrancou. Abre a porta. Entra.

Contínua…

 

Conto – Rosa

O senhor JM é um criador de rosas. Tem de todas as cores, mas prefere as vermelhas. Ele ainda acredita no amor! Mora em um apartamento Sozinho… Na varanda é onde cuida de suas belas rosa.

Ele é muito solitário, praticamente não tem amigos, trabalha em casa. Dizem a má-lingua que é um escritor. O que ele escreve? Ninguém sabe! Ele deve assinar com um pseudônimo. Outro dia resolveu sair para comprar alguns alimentos. No caminho, imaginava algumas palavras se encontrando e surgindo essas frases:

— Se eu pudesse… Dar-te-ia uma rosa de presente.

Ela seria diferente,

Teria todo meu afeto.

Isso porque, você é um dos mais belos ser…

A rosa é bela! Cheia de espinhos… Por isso, não posso senti-la com minhas mãos.

Você reflete carinho e amor. E posso carregar em meu coração!

Depois disso, acordava. Sabia que esses pensamentos eram bobos demais. A vida não era construída em parágrafos e sim, em atos. Ato que ele tinha medo, nunca teve sorte no amor, nunca teve sorte na vida. Sempre chorou por alguém quem nem entrou… Mas já estava de partida.

No mercado, comprava seus mantimentos, quando terminou foi para fila do caixa. Por incrível que pareça, no mesmo lugar tinha uma moça. Não uma mulher qualquer, aquela pessoa, tinha sido o último amor da vida dele. Ela terminará com ele, sem motivos aparentes. Ele sofreu demais. O pior de tudo, que foram oito meses intensos, e no final, houve o fim!

— Oi Débora!

Ela olha para trás, percebe quem era. Faz aquele sorriso discreto e sem graça. Respondendo em seguida.

— Oi JM Como estás?

Nervoso, com raiva, sentindo – se alegre. Dá uma resposta seca.

— Bem! E você?

Ela meio distraída, parecendo procurar alguém.

— Ótima!

Tentando puxar assunto, JM se acalma.

— Você não atendeu mais as ligações… Ela o interrompe!

— Desculpe, mas o meu namorado chegou. Não atendi porque não queria.

Desconcertado, fica sem reação, e diz a ela, que se esqueceu de pegar um chocolate. Alega que foi bom encontra-la e, sai dali. Não queria ver quem era este novo namorado, já tinha até desistido de comprar suas coisinhas.

No caminho de volta, relembra o passado, mesmo que ele virasse sua cova do presente, não entendia porque ela tinha terminado. Lembrou-se de algumas imagens:

Ele estava em uma praça, olhando uma rosa. Ela o parou, pediu uma licença, pois queria tirar uma foto, daquela rosa vermelha. JM, não tirou os olhos daquele ser, era uma mulher tão bela, com sua sutileza, o encantou. Muito tímido conseguiu puxar assunto. Claro que era sobre rosas. Quando ela foi embora, aconteceu algo que ele não entendia. Será que era amor, nunca tinha amado.

Conseguiram se encontrar outras vezes, até que iniciaram um relacionamento. Ele estava tão feliz, nunca tinha sido tão contemplado com a felicidade. Era o melhor momento da vida dele. Até que do nada, e sem motivos ela terminou…

Juan chegou a casa, muito triste por ter visto aquele semblante de novo, e para piorar, acompanhada! Pegou um papel e começou a escrever:

— Com meus olhos, olhei…

Com palavras, falei…

Com meu toque, toquei…

Com meu beijo, beijei…

Com meu amor, amei…

Naquele momento, tentei…

Então, onde foi que eu errei…?

A história de um homem, que amou…amou…Mas no final, houve o fim!

 

Amo as rosas, principalmente as vermelhas! De tanto amar, gosto de vez, ou outra, brincar de escrever sobre elas(rosas).

Qualquer coisa, vejam minhas poesias dedicadas as rosas…

Para ler a Parte I, acesse este link: https://regozijodoamor.wordpress.com/2012/11/09/rosa/

Para ler a Parte II, acesse este link: https://regozijodoamor.wordpress.com/2012/11/16/rosa-ii/

Para ler a Parte III, acesse este link: https://regozijodoamor.wordpress.com/2012/11/27/rosa-final/

Carlos Monteiro

Rosa – Final

 

Quando as estações vibraram,

Acabou os gemidos e sua zombaria.

Sensação estancada, fim da melancolia!

Foi rápido que nem ventania…

 

Um grande jardim brotava em meu coração

Feitos pelas mãos puras e sem atrevimento,

Bela face! Construída com um mar de atilamento.

Toquei seu amor com total devoção

 

Sentindo muitas dores

Cruzei com as moiras e suas linhas do destino – predestinou,

Que meu roseiral, pela beleza amou…

 

Calando os meus gritos ignorantes e de um agressor

Com esta união, me completei.

Virando um tecedor – sabedor,

 

Minha vida caminha ardente,

Sabendo que seus olhos me tocam – Minha diva!

Meu tempo, meu passado – da dor dolorosa…

 

Criou a força de um estridente

Estar contigo, hoje é dar um viva!

Conhecendo que toda dádiva… Foi encontrar enfim, uma rosa.

 

Fim.

 

Para ler a Parte I, acesse este link: https://regozijodoamor.wordpress.com/2012/11/09/rosa/

Para ler a Parte II, acesse este link: https://regozijodoamor.wordpress.com/2012/11/16/rosa-ii/

Medo e Emoção! Parte IV

Parte IV

Bruto

 

Nunca fui beijada daquela maneira…
O seu beijo era forte com dosagens de ardor e raiva.

Eu jamais soube com exatidão, coisas sobre ele, tanto que apesar de dez anos em convivência, desconheço o seu nome e o trato, ou por “querido”, ou por “James Dean”. Entretanto, tomo a liberdade de falar que sou uma das poucas pessoas que conhece algumas coisas de seu passado.
Sei que a única pessoa que ele “amou”, além de tratá-lo como um cão após sua declaração, o chamou de psicopata em um bar e por conta disso, jurou para si que NUNCA mais amaria uma outra pessoa.
Sei que ele é órfão. Também tenho noção, que cresceu em um reformatório sofrendo abusos dos quais se vingou anos depois.
Conheço sua aversão pelos sentimentos. Sempre mede suas ações com o hemisfério esquerdo de seu cérebro.

Devo estar totalmente iludida por amar um homem daquele calibre. Ao ponto de entregar para ele minha vida, sem cogitar os prós e os contras deste ato. Durante aquele beijo minha cabeça girava fora de órbita, meu corpo inflamava fazendo-me sentir leve.

Neste momento mágico houve até a trilha sonora do U2. “Magnificent” não era uma trilha muito romântica, mas seu instrumental era forte, principalmente o leve solo de guitarra.
Quando finalmente o beijo terminou, ele sentou-se na cama levando as mãos ao rosto.

— Não entendo… Falou

— Foi tudo muito rápido. Prossegui-a

— Mas não há o que entender. Retruquei

— Você sempre disse, devo fazer o que sinto vontade. Então faça o mesmo!
Sentei perto da cabeceira da cama

Vi seu rosto de relance, pareceu-me arrependido de ter feito aquilo. Me senti mal e sem pensar falei:
— Não deveria se arrepender disso, amanhã partirá em busca daquela garota que conheceu no coletivo que supostamente te deu condição…
— Cale a boca! Interrompeu-me irritado.

— Levante-se, fique em frente à janela.

Sua feição era ameaçadora, e por um breve instante pensei no que Alex sentiu antes de apanhar dele. Pegou a garrafa na cômoda, tomou uma grande quantidade, me olhou feio.

Sendo completamente submissa a vontade dele, fui até o local indicado.

— Luce, sinceramente, o que você veio fazer aqui?
— Vim para beber contigo.
— Não, não veio! Você se despiu alegando que iria apenas servir de modelo, do nada fala que está apaixonada e ainda se atreve a tentar dizer o que eu vou fazer, sendo que até agora não defini. Além de tentar-me lograr na maior cara de pau… Quero a verdade, e a quero já!
— Tudo bem! A verdade é que eu fiquei enciumada por causa da garota de olhar marcante, que você não parava de falar durante o jogo. Aliás, não sei porque está tão bravo, pois, foi você mesmo que disse que me queria.
— É verdade. Expressou. — Mas nunca quis nada além de uma transa.

Ele levantou-se com tudo e veio na minha direção, largou a garrafa que tinha na mão e me agarrou forte.

Sua boca tinha gosto de ácido de bateria e whiskey velho, suas mãos eram rígidas e frias como aço.
— Esta noite… Falou-me ao pé do ouvido. — Eu quero servir como seu homem, depois pensamos nas consequências disso.
Jogou-me na janela com tudo. Abriu minhas pernas e beijou meu íntimo como se nunca mais fosse fazê-lo, seu desespero era cheio de melancolia e rancor.

E finalmente nos conectamos.

Não demorou muito para que eu ficasse orvalhada, ele sentiu o meu gosto e se deliciou, era um bruto e queria fazer jus ao título. Assim que terminou, despiu-se e revelou sua lança para mim.

— Vire-se… Mandou.

Seu corpo peludo (todos aparados uniformemente) era cheio de cicatrizes, irresistível. Ajoelhei e desacatando sua ordem, ajoelhei e acariciei seu instrumento e o envolvi com minha boca. Depois de dez minutos eu parei, porque eu constatei que estava atingindo o seu limite. Postei-me de pé e fui jogada contra a janela semiaberta, pude notar que um pequeno fluxo de pessoas estava se aproximando, mas não consegui-me conter e abri descaradamente minhas pernas esperando-o ansiosa.

Ele invadiu-me e preencheu o vazio de minha alma.

Copulou com raiva e força, como se quisesse destruir algo ou alguém! Matar tudo que era vivo, com ódio, aversão, repugnância. Era um ser intenso e pude perceber isso em cada estocada que fora me dada.

Certamente eu era especial para ele.

Copulamos por horas e em várias posições, até que, novamente senti a sua erupção aproximando, solicitei que retirasse o preservativo e explodisse dentro de mim. Logicamente ele relutou, mas atendeu o meu pedido quando revelei que aquela foi a primeira vez que fiz aquilo, que era demasiado importante para mim, senti-lo escorrendo para dentro de meu corpo, quando enfim aconteceu, meu orgasmo foi alcançado por completo.

Ele continuou dentro de mim por um longo momento, depois abraçou-me e adormeceu, eu adormeci logo em seguida após ouvi-lo dizer:
— Obrigado…!

Contínua…

Não leu a primeira parte, então, leia agora: https://regozijodoamor.wordpress.com/2012/10/10/medo-e-emocao/

Não leu a segunda parte, então, leia agora:https://regozijodoamor.wordpress.com/2012/10/17/medo-e-emocao-parte-ii/

Não leu a terceira parte, então, leia agora: https://regozijodoamor.wordpress.com/2012/11/07/medo-e-emocao-parte-iii/

Crônicas – Cemitério das almas sofredoras

Eu sonhei com um cemitério, mas não era uma necrópole comum, onde se joga os restos indesejáveis. Se chama Cemitério das Almas Sofredoras! Depois deste evento onírico, ganhei uma vontade incontrolável, por vezes animalesca, de poetizar meu mundo.

O meu querer, sempre foi viver e dominar a minha natureza humana. Só que esta liberdade prazerosa, nunca tive. Sou indomável, ao mesmo tempo, irracional…

Dizem por aí, principalmente no Cemitério, que eu vou morrer. Enfim, o meu final chegou? Do que vou falecer? Uns clamam que sou palhaço, outros afirmam que sou ridículo, tem aqueles que preferem rogar-me de mesquinho. Regozijei uma vez do amor, para viver na face do desespero. Hoje pleiteio o regozijo da loucura, pois é ela que toma conta do mundo.

No meu sonho, o Cemitério das Almas Sofredoras, tem um Jardim, onde existe uma lápide de uma jovem alma. Um rapaz belíssimo, talvez fosse um poeta, um homem que penetrava nas palavras intensamente, mas sua chama tinha-se apagado. Abaixo da tua imagem existia sânscrito as seguintes coisas:

“Eu encontro todos os dias, com a mesma loucura congênita estampada na face do coração”.

Foi difícil aceitar que o louco externa loucuras…

No fim da minha visão, Aquele jovem que foi conhecido como Tânatos, apareceu em meus olhos, procurando disferir sua sentença…

— O silêncio radia mistérios sombrios e fracassados na consciência do homem. Transformando-o no senhor apequenado da sua cabeça, encruzilhando e oprimindo suas ideias. Portanto, seu amor foi plantado na masmorra da sua invalidez.

Seja Bem-Vindo, ao Cemitério das Almas Sofredoras.

Fim

Para saber mais, leia: https://regozijodoamor.wordpress.com/2012/11/10/cemiterio-das-almas-sofredoras/

 

Mensagens do PROFETA

 

Era meio-dia exatamente, em um bairro distante, caminhava um rapaz. Ele tinha em suas mãos, um papel, continha um endereço, procurava a residência de um tal homem, cujas pessoas o chamavam de Profeta. O problema dele era simples, queria ser feliz.

Chegando ao local, percebeu que estava no ambiente certo. Notou um pequeno tumulto na frente da casa. Ficou ali, na fila, esperando sua vez, até que depois de duas horas, foi a vez dele.

Entrou e foi guiado por uma moça, ela o levou ao Profeta. O atendimento naquele dia estava acontecendo no quintal dos fundos. A senhorita mostrou o Profeta, ele cuidava do jardim. Dali para frente, seria com o rapaz.

Com receio e medo, se aproximou.

— O que você esta fazendo, Profeta? Gaguejando.

O Profeta vira-se para o Rapaz, sorrindo.

— Estou cultivando meu vício!

O seu melhor e maior passatempo era estar em contato com a natureza. Não importa a maneira.

— Gosta tanto assim, de plantar?

Como não sabia como dizer o motivo de sua ida, estava desconcertado e procurando assunto com o Profeta.

— Sim! Meu hobby é cuidar da natureza, principalmente dessas plantinhas pequeninas…

Depois desta fala, o Profeta, pega do seu lado o saco de terra preta. Olhando para o rapaz, resolve questionar.

— Você gosta de plantas?

Surpreendido com aquela questão e com receios da resposta, pois, na sua frente tinha um Profeta, e se mentisse, sua máscara poderia cair, então, prefere dizer a verdade.

— Sinceramente, não gosto de plantas. Engole sua saliva em seguida.

Com uma alegria irreparável, o Profeta, prossegue.

— Desta plantinha aqui (Mostra para o rapaz), você gostaria. Tenho certeza! Sabia que dei um nome para ela?

Estranhando aquele papo, faz o que deve ser feito.

— Mesmo? Como você a chama?

O Profeta levanta, olha para o céu todo azulado, um dia coberto pelo sol, pega um balde cheio de água, lava suas mãos ali mesmo, secando na própria calça. Assim, que seca de vez, vai na direção do rapaz, parando em sua frente.

— Meu amigo! Todos me procuram querendo respostas, acreditam que eu realmente possa ajudá-las, só que, talvez eu não consiga. Quer ser feliz? Caminhe… Garanto que na estrada da vida, encontrarás um selo perdido, buscando ser colado na carta da felicidade. Bem, já ia esquecendo…

O rapaz ouvindo atentamente, aperta seu coração com uma força enorme. Murmura as palavras…

— O que o senhor ia esquecendo?

— Do nome da plantinha. Ela se chama virtude! Eu planto virtudes…

 

Para conhecer mais sobre o Profeta, leia: https://regozijodoamor.wordpress.com/2012/10/11/profeta/

 

 

 

 

 

Rosa – II

 

Rosa II

 

Coração da rosa,

Destruiu a jornada de um asqueroso

Queimou o meu álbum tuberculoso

Transformando-se no ser mais precioso.

 

Através desta união,

Resplandeci a memória do novo mundo…

Enjaulando minha dor antiga, no lago profundo.

Sua semente é meu coração!

 

Grandiosa rosa e seu amor

Seu caule me sustenta,

Seus lábios são por onde minha alma se alimenta.

 

No seu jardim, irei-te saudar,

Quero que vejas as lágrimas de minha emoção.

Para assim, teus braços me afagar…

 

Já mandei diversas cartas de bravuras

Machuquei minhas mãos com seus espinhos,

Querendo dizer, viveremos o sodalício?

 

Onde verei tua beleza e ternura,

Acalento teus carinhos

Pois a primavera esta chegando, pondo um fim nos meus suplícios…!

 

Contínua…

Para ler a Parte I, acesse este link: https://regozijodoamor.wordpress.com/2012/11/09/rosa/