Tag: lágrimas

Paraíso

Escrito por: Gabriel Marçal

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Foram a um lugar onde a dor não mais existia, e as lágrimas eram apenas de alegria.

Tais lágrimas não paravam de cair, como se a tristeza fosse só uma palavra ruim que causava mais lembranças e a felicidade pudesse por um momento ser eterna.

Sim, por um instante a felicidade foi eterna, o mundo era bom, o caos era uma ilusão, o ser humano acalmava-se, o impossível era possível e aliás, o impossível era “desnecessário”… (mais…)

PELAS NOITES DE SÃO PAULO! Voltei a ser quem eu era.

Escrito por: Lucas Alves

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Leia Anteriormente: Pelas Noites de São Paulo! ….. Pelas Noites de São Paulo! – Conhecendo um pouco mais…Pelas noites de São Paulo! Trabalho Noturno…

 

Pelas Noites de São Paulo! 

Voltei a ser quem eu era.

 Acordei às quatro da manhã com a calça aberta e um bilhete.

 Bom dia Richard, foi ótima a nossa noite, espero que tenho gostado, mas não posso ficar.

P.S: peguei um cigarro de maconha na sua bolsa.

Beijos,

Ass. Daria.

 

Levantei-me do chão, peguei meu café e fui direto para o escritório, fechei a matéria e dei o título “A vida na Augusta”. Dando início a uma nova matéria sobre faxineiras sexy e seus dons.

Mandei uma mensagem para meu chefe:

 

Bom dia Cláudio, acabei de te encaminhar no seu e-mail a minha coluna sobre “A vida na Augusta”, espero que goste.

Grato, Richard

Arrumei as minhas coisas e fui para a minha casa ficar com a minha família.

Ao chegar em casa Laura minha esposa me encarou.

— O que deseja? — perguntou furiosa.

— Voltei amor, vou ficar com vocês, consegui terminar a minha matéria e agora posso ficar mais sossegado.

Olhei para ela e a abracei.

— Desculpa. — pedi com os olhos lacrimejando.

Ela me olhou e me puxou para o quarto. Ao chegar ela trancou a porta e ligou o som, e veio em minha direção tirando seu vestido vermelho, ficando só de calcinha, desfilando pelo quarto semi nua com seu corpo escultural, seus cabelos longos e macios, olhos castanhos – claros e sua boca grande e sedutora.

Veio para cima de mim, segurando-me pelos pulsos

— Você quer matar a saudade?

Balancei a cabeça positivamente, encarei seus olhos. Ela veio tirando minha camisa e beijando meu peitoral, descendo lentamente pelo meu corpo, até desabotoar minha calça da ZARA e me deixar só de cueca Box, ela ficara acariciando o volume da minha cueca me dando vontade. Até que abracei ela e comecei a beija-la, descendo lentamente retirando sua calsinha e abaixando a cueca.

— Quero você.  — disse-me arranhando as minhas costas com suas unhas grandes. — Estava morrendo de saudade de ter você aqui comigo.

Olhei para ela e comecei a meter forte, não falei nenhuma palavra metia sem dó, sem amor só com prazer…

Ficamos a tarde toda na cama, quatro vezes seguidas, ela me encarava com um sorriso de canto.

Até que eu recebo uma mensagem no meu celular. Vou olhar, era o Claudio me parabenizando pela matéria. Fiquei feliz, desliguei o celular e voltei para a cama. Comecei acariciar o rosto da Laura e sorrindo.

— Cadê as crianças? — perguntei.

— Estána casa da sua mãe com a nova baba Julia…

Encarei e pensei naquele nome, fiquei bem serio sabia que conhecia, mas não me lembrava de onde… Concordei com a cabeça e abracei ela novamente.

Me levantei e fui pro banho, para ir no escritório ver a nova matéria que estava escrevendo. Mas pensei em tudo que eu tinha feito, será que é isso que eu quero? Como vou mudar isso, não posso deixar a minha família, tenho que me dedicar mais a minha esposa e meus filhos.

Cheguei no prédio da revista e fiquei parado na entrada encarando as pessoas que circulavam ali, avistei a rua Augusta logo ao lado, menos de dois minutos a pé, dei um sorriso canalha, mas feliz por estar onde estou.

— Tenho que me manter firme no emprego e com a minha família. — sussurrei.

Entrei no prédio e fui direto para presidência.

— Olha quem temos aqui. — falou o Cláudio todo sorridente com a minha matéria. — Quero – te dar os parabéns!

Meu coração disparou de animação, minha mão ficou tremula estava suando frio.

— Fico feliz que tenha gostado.

— Quero já até saber qual será a próxima matéria… — argumentou.

— Não se preocupe vai ser ótima.

— Assim espero… — ele apertou a minha mão e me parabenizou novamente. — Qual será a próxima?

— Segredo… — falei olhando pela parede de vidro.

Podia ser um segredo para ele, mas para mim, seria uma aventura…

A colheita

Escrito por: Luiz F. Nascimento

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As palavras antes proferidas, agora já não servem de nada. Sua imortalidade foi colocada à prova, quando tudo o que se fazia era ignora-las. Sua doçura jazia perdida em algum lugar do passado. Lá estavam elas: ao lado de todos os belos momentos, mortas, rendidas à necessidade de seguir em frente, presas na negação, esmagadas pela nova rotina, subordinadas ao coração. Enterradas sobre a terra ainda infértil, esperavam renascer do subsolo. Regadas pelas lágrimas da saudade, renasceram em grandes frutos e flores: os mais belos e peculiares produtos do amor. Seus galhos penetravam a mente e furavam o coração; seus ramos vazavam pelo peito na tentativa de serem vistos. Já não podiam negar sua existência. Tudo o que lhes restava era fazer a colheita.

PELAS NOITES DE SÃO PAULO!Trabalho Noturno.

Escrito por: Lucas Alves

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Leia Anteriormente: Pelas Noites de São Paulo! ….. Pelas Noites de São Paulo! – Conhecendo um pouco mais…

 

PELAS NOITES DE SÃO PAULO!

Trabalho Noturno.

Acordei ao meio dia, com uma forte dor de cabeça e o quarto revirado.

— Nossa! — falei bocejando e tentando abrir os olhos. — Que bagunça.

Olhei para a janela, o sol estava brilhando entre os prédios, dei mais uma olhada pelo quarto, e vi minha mochila e minha carteira jogada, me levantei na hora e fui conferir.

— Que “porra´´ é essa? — Disse, abrigando a carteira — Cadê o meu dinheiro? Aposto que a Roberta ou Roberto, sei lá, fui roubado.

Joguei a minha carteira no chão, e fui tomar um banho para ir trabalhar. Meu telefone vibra, e já passando das 13 horas a dor de cabeça era mais forte. Fui ver a mensagem.

— Puta “merda´´, o Claudio.

Olá, Richard. Tomara que esteja bem e preparado, pois estou curioso pela sua matéria. Quero que fique até tarde. O João não pode vir e só você sabe editar as imagens como ninguém, claro além dele. Irei – te pagar hora extra em dinheiro. Okay?

Grato, Claudio.

 

Vi a mensagem, e aquela era uma chance de recuperar meu dinheiro perdido nessas noites. Respondi a mensagem de volta.

Claro! Pode deixar. Posso editar numa “boa´´, só vou chegar um pouco tarde, acordei meio mal, mas logo estarei indo, e concluirei a minha matéria, para que amanhã possa – te apresentar e em seguida ficarei na revista para editar as imagens do mesmo. 

Ass. Richard

 

Vi que daria certo. Abri meu notebook e vi as gravações da noite, editei o vídeo, escrevi um resumo para quando chegar na revista.

Fui na delegacia, e prestei uma queixa contra Roberta. Saindo da delegacia, fui direto pro escritório, e fazer a minha matéria com a Roberta ou Roberto.

Já era tarde, me empolguei escrevendo, quando olhei para o relógio, já se passava das 19 horas da noite. Levantei e fui tomar um café, tinha que ficar acordado até mais tarde. Ainda tinha que editar as imagens do João.

— Boa noite, Dona Maria. — cumprimentei a faxineira noturna, que já estava arrumada pra ir embora.

— Boa noite, Sr. Richard — cumprimentou com lágrimas nos olhos — Sentirei saudades do senhor.

Olhei para ela sem entender. — Como assim? — perguntei.

— Estou entrando de férias, talvez vou – ter de sair da revista, ando doente, —expressou cabisbaixa — Mas já tem uma moça nova, eu tava ensinando ela, muito “novinha´´ pro meu gosto, mesmo assim, acho que vai se dar bem.

Coloquei a xícara de café na mesa, e dei um forte abraço nela de despedida. Me virei e voltei, Dona Maria se virou e pegou o elevador deixando eu e a nova faxineira no andar.

Voltei para minha mesa, deveria editar as fotos do João, nosso melhor fotógrafo da revista, que se bobear ganha mais que eu, ou de qualquer funcionário daqui.

Vendo o material, vi as belas modelos que ele escolherá, uma mais bonita que a outra, comecei a ficar excitado com aquelas imagens. Não me aguentei e levantei para tomar mais café, e me controlar. Até que me deparo com uma sombra bem na porta da cozinha, uma moça baixa, se bobear tinha 1,68 de altura, cabelos curtos e com uma bela e linda tatuagem no braço.

— Quem é você? — me perguntou a bela moça

— Sou Richard, colunista. — olhei para ela de cima pra baixo — Eu que pergunto, quem é você?

— Sou a nova faxineira — ela me olhou por inteiro — Lembrei do senhor, a Dona Maria me falou que um tal de Richard estaria aqui.

Dei um sorriso, pois ela falava meu nome engraçado com um sotaque diferente. — Qual é o seu nome? — indaguei.

— Daria — respondeu-me.

— Daria? Nossa! Que diferente. — encarei – a e sorri novamente — Um nome diferente para uma moça bonita.

Ela sorriu e virou. — Vou fazer as minhas coisas, se o Senhor, não se importar.

Dei passagem e passei para pegar meu café. Voltei para a minha mesa, mas continuava excitado, não sabia por qual motivo se era as fotos ou Daria.

Levantei e fui atrás dela, estava limpando a ala da presidência.

— Daria? — falei.

— Sim? Quer ajuda?

Olhei para ela e fui-me aproximando lentamente.

— Posso ver a sua tatuagem? — perguntei.

Ela me encarou e deu uma risada de canto e respondeu… — Se não ta vendo?

Olhei para ela e dei risada pela forma de falar e sua ignorância. — Quero sentir, posso?

Ela levantou mais a blusa para mostrar a tatuagem que ia até o ombro.

— Passe a mão sinta os detalhes… — ela me falou com uma voz rouca

Eu olhei para ela e fui passando minha mão, e sentindo cada vez mais prazer por passar a mão nela.

Ela tirou a blusa, ficou mostrando outra tatuagem nos seios, flores e mais flores, um piercing no umbigo e outro nos mamilos.

— Que magníficos — disse isto, desapertando a gola da camisa social.

— Chupa meus peitos!

— O quê? — encarei ela sem saber se estava falando sério, ou zoando com a minha cara.

— Chupa seu “bosta´´, sei que você quer!

Olhei para ela sem reação, e comecei a beijar seus mamilos, acariciar seu corpo com as mãos, senti que ela tinha mais um piercing abaixo do umbigo.

— Olha só, ele achou mais um piercing! — ela falou sorridente para mim — Quer provar o gosto também?

Mirei meus olhos para ela, sem saber se era real, mas acabei descendo lentamente e lambi toda a sua curva… Encarei ela e desci a metade da calça…

— Agora vou mostrar quem sou, pra nunca mais se esquecer…

— Veremos…

Ela segurou em meu ombro e gemia bem alto, seus gritos ecoavam pelos corredores, deitei-a na mesa da Presidência. Mordi seu corpo deixando minhas marcas, usamos todos os cantos da sala…

 Acompanhe a parte final

14.07.2014 – Voltei a ser quem eu era.

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Um convite a solidão

Escrito por: Carlos Monteiro

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Nesta semana, teremos dias lindos.

Várias poesias sobre a temática – SOLIDÃO.

O amanhecer das palavras será o apogeu do seu e do meu coração.

Portanto, te queremos bem perto, acessem o nosso blog durante esses dias, e encontre vários poetas, que brindaram seu acesso, com palavras rasgadas e nuas. Sim, vamos tirar sua paz, mostrando que existe um local onde podemos afogar a nossa solidão.

 Agora, Convidamos a todos para compartilhar conosco essa Semana.

Semana da Poesia – Tema: SOLIDÃO!

 

 

O Destino da Cebola

Escrito por: Carlos Monteiro

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No fim da noite, a planta bulbosa, raiz tuberculosa, encarou o céu. Viu suas lágrimas nos olhos da lua, as gotas caíam e escorriam pela terra enfeitiçada, pedinte de esmola, carente de amor, Oh, eu lembrarei para sempre da cebola e sua dor.

Nem sabemos o seu nome.

Escrito por: Carlos Monteiro

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Nesta madrugada não dormi.

 Chorei muito. Demasiadamente calei o silêncio de tanta agonia. As lágrimas causaram tanta dor aos meus olhos, que ao serem expelidas, saíram mortas. E ao cair pela minha face, machucaram minha beleza.

A dor foi surda por fora, mas gritante por dentro. Minha alma não aguentou mais. O pior, é que eu mereço carregar essa cruz.

No amanhecer, descobri uma frase jogada no chão, estava escrito em um papel amassado. Devo ter sido eu mesma, revoltada com a vida:

 “Ame pela fatalidade de Amar”!

 Tem vezes que a vida é muito cansativa, além de perigosa.

Existem certos momentos que eu prefiro ficar escondida embaixo do cobertor, acreditando que assim, estarei protegida.

 Precisei tomar um banho.

 Meu corpo estava sujo, e a pior sujeira, estava perto do coração, essa era a mais suja.

Quando a água caiu sobre minha cabeça, foi um choque tão forte, que me recordei que meu pai costumava dizer:

 ” A verdade é a melhor invenção do homem, minha filha”

 Até o exato momento, não sei o que és se sentir bem. Porque se a máxima da felicidade és ser feliz, garanto, eu não sou, e tudo parece ser pequeno para mim…

 Depois do banho, fiquei nua…

 Precisava sentir o que era a liberdade da alma.

Ah, este mundo tão carregado de mistérios e segredos, e eu caminhando neste fio condutor sem saber o que será do meu amanhã…

Um dia eu conseguirei preencher o oceano com a minha sabedoria?

Veio a hora do almoço,

 Não tinha fome e nem sede. Não tinha nada. Exilar – se seria uma coisa boa agora.

E eu o fiz. Me tranquei no quarto. Fechei meus olhos e aferrolhei minhas vontades e desejos dentro do meu vazio.

 Quando sai daquele recinto empoeirado já era noite,

 Minha casa habitava sozinha, somente os móveis, somente as lembranças, somente eu. Unicamente EU, tanto que, tudo me pareceu desusado.

Fui para a mesa, tinha contas, papéis, fotos, pratos inteiros, copos quebrados, e eu ali, despedaçada. Havia um livro, abri no meio, e veio a seguinte sentença:

” Logo amo, talvez, você exista, amor”!

 Fechei aquela porcaria.

Novamente não estava com fome.

Fui para a varanda, olhei a noite, tão escura, tão sozinha, tão perdida. Comecei a chorar novamente…

 ” Lua, eu sou muito fraca, sou uma inutilidade total. Não tenho amor por mim mesma. Eu não sirvo mais para isso…”

Chegou a últimas horas de vida…

 Um dia acreditei que a tristeza pudesse ser usurpada pelo breve instante de felicidade, mas errei feio. Minha alma nunca foi resgatada. Fui abandonada por todos aqueles…

Hoje e neste instante eu me abandono…

 Houve – se um barulho no meio daquele silêncio.

Muitas vozes se perdem naquela casa, muitos derrubam seus desesperos.

Acabou-se aquela história.

E o pior…

 Nem sabemos o seu nome.