Escrito por: Carlos Monteiro
Não fazem nem vinte minutos…
Regurgitei um passado. Minhas lembranças são tão nefastas que toda vez é assim, um imbróglio só. Por isso, escute minhas palavras que descrevo…
Meu interior abismal chora feito criança por tudo que houve. Aprendi um ditado que és um frenesi para meu coração: “SEMPRE MATAMOS QUEM MAIS AMAMOS”. Isso ecoa em meu ser constantemente. Mas porquê? Se toda luta gira em torno de objetivos e escolhas. Que jornada seguir? Sei que, minha mente e mãos poderiam criar inúmeras coisas, infelizmente em meu corpo, existem o rastro de sangue e destruição. Tem dias que me acuso de uma doença sem cura, cuja finalidade és a morte.
Memória Latente, sorridente, existencial, colossal, meu ser, inclusive você!
Existem duas coisas que não escolhemos: Família e Inimigos. E nós perdemos entre os dois. Eu me perco em mim mesmo, no labirinto das dores, dos fracassos amores, dos impossíveis clamores…
Meu rugido és baixinho, meu ego dilacera aos poucos, por ser taxado de morfético, e simplesmente em algo como ninguém. E no final de toda tarde, me recordo que vivi várias vidas e ao mesmo tempo nenhuma.
Eu queria que as pessoas admirassem o que escrevo. Que pudessem sentir quem sou? Queria que percebessem o meu calor, a textura e o sentimento, eu não uso as palavras e sim, sou usado para transportar meu universo, e meus sonhos para fora… Para seus olhos.
Um dia ansiei crescer e expor meu nome a jactância do mundo, hoje sei que não sou mais o mesmo, não faço mais as mesmas coisas, não imagino, somente cresço, e quanto mais lágrimas saem, me arrependo de quase tudo que fiz…
Quando coloco a cabeça no travesseiro, pranteio por horas… Sei que deveria estar ao seu lado, nas noites sem sonos e nos dias de outono. Mas não estou…
Não consigo respirar, meu coração consome todo meu oxigênio, ele precisa mais que o meu corpo. Eu cresço na solidão, acreditando que terei um futuro idôneo. Sim, eu terei.
Tem um dia em nossas vidas, que me faz sempre se lembrar do amor, do sucesso, da nossa melodia, da fase que eu sorria, e eu simplesmente te queria. Compartilhamos nossas vidas.
Tudo que eu quero ser, és um retaliador do tempo, desde que te encontrei e me separei, me tornei incompleto, olho as brechas do passado, procurando as falhas, assustando – me sempre quando me vejo – te tocando, não deveria acabar deste jeito.
Não vou olhar além, para aqui lhe dizer: A vida fica sem graça, sem você!
Seja o que for, a vida segue, e irei crescer mais e amadurecer enquanto ainda tenho tempo.